
Posts empilhados
Sim, sim. Eu não atualizo desde antes do carnaval. Aí vai um breve resumo da minha interessantíssima rotina, só pra o caso de você estar curioso (<-- ironia).
Como talvez você já esteja a par de, passei a festa pagãno lugar que pode se dizer continente da maior concentração de buchas por metro quadrado: Cabo Frio, Região dos Lagos. Programa família, como todos os meus carnavais: casa alugada num bairrinho escondido, pertinho da praia (aliás, praia escondida também e, portanto, bem vazia e limpinha). E, em resposta a esse seu risinho maldoso: SIM, eu me rendi e fui a praia em todos os nove dias que lá passei. Citando um de meus ídolos pessoais, o Seu Madruga, não é uma coisa que se diga "minha nossa, que programão que é ir à praia!", mas era melhor do que ficar em casa e, como todos iam, ao menos havia bastante gente com quem conversar. Com isto, vai para o saco o esforço de cerca de quatro anos em manter minha pele o mais caucasiana possível.
O lugar não era divertido, não havia muito o que fazer por lá. Saí algumas noites com meus primos, fui ao centro de Cabo Frio um par de vezes, mas como eu era a única avulsa, restava-me voltar para casa a tempo de ver o Big Brother. Como sempre, minha companhia mais fiel foi a minha mãe (ainda dedico um post a esse assunto, em resposta ao "caraca, coitada" que você acaba de proferir entredentes).
Noves fora, acredito que tenha sido mais divertido do que ficar em casa. Sábado bem cedo voltamos pra casa, a tempo de curtir o fim de semana arrumando gavetas. Domingo fui ao Maracanã com a Marcia e o Anderson, mas essa experiência eu deixo pra um outro post. Não quero lhe cansar os olhinhos, gentil testemunha do meu blog.
Off

"E ninguém faz nada"
Quem nunca ouviu ou falou esta frase, pode se considerar um elo perdido. Hoje eu fui sujeito dela.
Eram umas sete e meia da noite, e eu vinha com a minha mãe, voltando da casa da minha madrinha. No final de uma rua, quase chegando na Praça das Nações, em Bonsucesso, tinha um carro estacionado na calçada. O sinal tinha acabado de abrir, minha mãe engatou a primeira. Um rapaz de uns vinte anos encostou no carro estacionado, se abaixou, e começou a mexer na tranca. Ainda era dia claro, eu e a minha mãe o vimos bem. Assim que a gente passou pelo carro, minha mãe perguntou se eu tinha visto o cara. Ambas concordamos na impressão sobre o que ele estava fazendo: arrombando o carro.
A essa altura, já tínhamos passado da Praça das Nações, e eu perguntei se não seria melhor chamar a polícia. Quando ela chegasse ao local, certamente o cara já teria levado os pertences de dentro do carro (como lembrou a minha mãe), mas pensei que, quando desse pela coisa, o dono do carro poderia até registrar queixa, mas não poderia dizer a que horas o furto teria acontecido, nem poderia descrever o ladrão, coisa que eu e minha mãe poderíamos fazer. Decidimos chamar a polícia. Cheguei a pegar o celular e discar 190, só faltava apertar "send".
"No 190, eles vão pedir dados, identificação." Quando minha mãe lembrou, já estávamos passando pela Mangueira.
Tem razão. "E então? Ligo e dou os dados?"
"Não, acho melhor não..." E lá estávamos nós, no sinal em frente à UERJ, paradas atrás dum carro da polícia. Guardei o celular.
Detesto posts "a-situação-está-insustentável-a-população-está-em-pânico", nesse estilo Viva Rio (se você tivesse noção da antipatia que eu tenho desse Viva Rio...). Mas hoje, numa deferência especial, vou ter de dizer que o sujeito de "E ninguém faz nada" não é simples: é sujeito oculto.
Engenheiros do Hawaii, Ninguém = Ninguém
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